Ouvido
Quais são os tipos de surdez?
As perdas auditivas podem ser divididas em três grupos: as condutivas, as neurossensoriais e as mistas (combinação das duas primeiras). Elas são frutos de problemas na orelha externa, média, interna ou até em nervos auditivos presentes no cérebro. A perda de audição relacionada a problemas com o ouvido externo é geralmente condutiva. O mesmo se dá com os casos de problemas no tímpano, capazes de interferir na transmissão do som. Lesões que fazem a membrana do tímpano não vibrar de forma natural, por exemplo, levam a uma perda auditiva condutiva. Secreção ou sangue atrás do tímpano, traumas, infecções ou alergias também interferem na vibração normal dessa membrana e se traduzem nesse mesmo tipo de perda. A perda de audição neurossensorial pode ocorrer tanto na cóclea (nesse caso, sensorial) quanto no nervo auditivo (neural) ou nos dois. Entre as causas mais comuns de perda auditiva do ouvido interno estão as relacionadas com o envelhecimento. Outras causas estão ligadas ao uso de determinados medicamentos, exposição constante a ambientes com muito barulho, infecções, desenvolvimento incorreto do ouvido e tumores.
O que pode ser feito para tratar a perda auditiva?
O tratamento vai depender do tipo de perda e de suas causas. O Clínica Lavinsky oferece uma infraestrutura completa em termos de equipes médicas e equipamentos para o diagnóstico e o tratamento apropriado do problema.
O que é o implante coclear?
O implante coclear também conhecido como ouvido biônico é uma técnica que devolve boa parte da capacidade de auditiva ao paciente que, por algum motivo, teve a audição prejudicada. Indicação: em geral, o ouvido biônico é indicado às pessoas que não conseguem resolver seu problema nos ouvidos de maneira satisfatória com o uso de aparelhos auditivos. Porém, mais do que isso, para saber se você é candidato ao implante coclear, é preciso passar por uma série de avaliações, como testes de audição, tomografia e ressonância magnética.
Como é realizado o procedimento do Implante Coclear?
Nos EUA, as cirurgias de ouvido biônico já eram realizadas desde os anos 1970. Na Clínica Lavinsky, hoje, esses procedimentos são feitos rotineiramente. O implante coclear consiste na implantação de um dispositivo eletrônico na cóclea uma área responsável pela audição, localizada no ouvido inter-no. Entre outras funções, esse dispositivo estimula as células nervosas remanescentes da audição e permite o reconhecimento dos sons. Pacientes que têm problemas auditivos nos dois ouvidos podem solicitar a realização do implante coclear em ambos ao mesmo tempo. Outra opção, porém, é fazer a cirurgia para cada ouvido em momentos diferentes.
Qual é a idade apropriada para realizar o Implante Coclear?
Crianças a partir de um ano de idade já podem receber o dispositivo via cirurgia de implante coclear, naturalmente após passar por testes com aparelhos auditivos e treinamento auditivo.
O que é otite ?
A otite média é a inflamação e acúmulo de líquido no ouvido médio. Pode ser aguda ou crônica e ser desecadeada por infecções virais do trato respiratório. As infecções respiratórias podem prejudicar o funcionamento da tuba de Eustáquio, favorecendo o acúmulo de líquidos dentro do ouvido médio. As otites podem ser agudas ou crônicas. Algumas otites podem ser de repetição, sendo necessária uma atenção especial. As otites crônicas podem ser do tipo simples, como por uma perfuração de timpano. Existem também as otites crônicas pelo colesteatoma, a qual gera um quadro de secreção frequente pelos ouvidos. Algumas vezes são necessários procedimentos para corrigir essas otites.
O que é perfuração do tímpano?
Perfuração da membrana do tímpano tímpano perfurado é uma ruptura ou perfuração do tímpano. Pode ocorrer como resultado de otite média (infecção do ouvido) por acúmulo de pus no ouvido médio. Pode também ocorrer como resultado de trauma no tímpano ou explosões.
Como se trata a perfuração do tímpano?
O tratamento ocorre através de um simples procedimento de fechamento tímpano através de uma timpanoplastia. É um procedimento ambulatorial.
O que é colesteatoma?
Colesteatoma consiste num crescimento expansivo e destrutivo. Consiste em epitélio escamoso queratinizado na orelha media e mastóide. Embora não sejam tumores propriamente ditos, podem causar problemas significativos em função de suas propriedades destrutivas, especialmente ao nível da cadeia ossicular. Pode inclusive de disseminar para a base do crânio. O sintomas mais comum é o vazamento frequente dos ouvidos.
Como se trata o colesteatoma?
O colesteatoma é uma doença crônica e agressiva que necessita ser removida através de um procedimento conhecido por mastoidectomia. É um procedimento que pode ser ambulatorial.
O que é otosclerose?
Otosclerose é uma doença que atinge homens e mulheres, normalmente de origem genética, e causada pelo crescimento anormal de pequenos ossos pertencentes à estrutura do sistema auditivo. Isso é capaz de gerar uma perda gradual da audição que pode levar muitos meses ou anos para realmente prejudicar o dia-a-dia do paciente. Os primeiros sinais do problema, no entanto, podem aparecer entre os 15 e os 45 anos de idade ou seja, muito antes da perda auditiva típica do envelhecimento. Às vezes, mulheres grávidas com otoesclerose apresentam, durante a gestação, um declínio acentuado da capacidade auditiva.
Como podemos tratar a otosclerose?
O tratamento pode ser desde um pequeno procedimento até o monitoramento das perdas auditivas, passando ainda pelo uso de aparelho auditivo. Todas essas opções de tratamento são oferecidas aos pacientes com otosclerose na Clínica Lavinsky.
Como é realizado o procedimento para otosclerose?
O procedimento realizado para tratar a otoesclerose é chamado de estapedectomia. O paciente que passa por um procedimento ambulatorial e com sedação e pode retornar ao trabalho sete dias depois, dependendo do caso.
O que é a surdez congênita?
A perda auditiva congênita é a perda que está presente no nascimento, pode ser herdada ou adquirida (por exemplo, infecção, trauma no parto).
O que é a surdez hereditária?
A perda auditiva hereditária é a perda auditiva que ocorre por problemas no código genético; pode estar associada a uma variedade de síndromes (por exemplo, síndrome de Alport, Waardenburg).
O que é a presbiacusia?
A Presbiacusia é a deterioração progressiva da audição associada ao envelhecimento. Representa a causa mais comum de deficiência auditiva de adultos (cerca de 50% dos idosos tem deficiência auditiva). Entre as possíveis causam incluem: distúrbios vasculares que causam atrofia da estria vascular; o processo de envelhecimento que resulta em degeneração das células ciliadas, perda de células ganglionares e degeneração das fibras nervosas, enrijecimento da membrana basilar; ou insultos crônicos como o ruído.
O que é o zumbido?
O zumbido é um ruído que, embora percebido pela pessoa, não está sendo emitido por nenhuma fonte sonora real – uma espécie de som fantasma. Manifesta-se, por exemplo, como um chiado, o barulho de um inseto, entre outras formas. Em boa parte dos casos, é possível conviver com o problema. Em outros, no entanto, o ruído é tão intenso que causa desconforto.
Quais são as causas de zumbido?
O zumbido tem diversas causas, podendo ser resultado de perda auditiva, infecções do ouvido, doenças do labirinto, doenças sistêmicas, obstrução do canal auditivo, medicamentos ototóxicos, exposição prolongada a ruídos, entre outras.
Quais são os tratamentos para o zumbido?
Em função dessa diversidade de causas, não existe uma única forma de tratamento do zumbido. Deve-se investigar as possíveis causas de zumbido e direcionar o tratamento para essas doenças subjacentes. Dependendo da situação, é possível amenizar o desconforto ou até eliminar o problema. Alguns casos vão necessitar de medicamentos, aparelhos auditivos e terapia de habituação do zumbido (Tinnitus Retrainment Therapy, TRT).
O que é o neurinoma do acústico?
O neurinoma do acústico ou schwanoma vestibular é um tumor com crescimento fibroso não maligno com origem no nervo do labirinto e da audição. Esse tumor não se espalha (metastatiza) para outras partes do corpo. Esse tumor consiste em 6 a 10% de todos os tumores cerebrais.
Quais são os sintomas do Neurinoma do Acústico?
O neurinoma do acústico se localiza em regiões profundas do crânio e próximo de estruturas vitais e nobres do cérebro. Os primeiros sinais e sintomas estão relacionados a problemas auditivos e de equilíbrio. Na medida que o neurinoma cresce isso pode comprometer outros nervos ainda mais vitais e iniciar com outros sintomas. A dor de cabeça pode iniciar como resultado de aumento da pressão intracraniana. Se houver um crescimento significativo do tumor por longos períodos, esse aumento de pressão cerebral pode ser fatal.
Como pode ser diagnosticado o Neurinoma do Acústico?
Após a realização de testes audiológicos de rotina demonstrando perda auditiva e comprometimento da discriminação sonora, pode realizado um potencial evocado auditivo de tronco cerebral (BERA ou PEATE). Esse teste fornece informação sobre a passagem do som ao longo do trajeto entre o ouvido e o cérebro. Os resultados podem indicar que o nervo acústico não está funcionando de forma apropriada. Se existir uma anormalidade no teste do BERA, geralmente é solicitado um exame detalhado de imagem como tomografia computadorizada de alta resolução ou ressonância magnética nuclear. A tomografia computadorizada realiza raios=x de diferentes ângulos e usa um computador como ferramenta em uma série de fatias para fornecer um detalhamento das estruturas do corpo. A tomografia não gera dor, mas algumas vezes o paciente pode sentir desconforto em função do ambiente fechado. A tomografia pode ser efetiva para localizar neurinomas do acústico, porém tumores pequenos ainda confinados ao meato acústico interno podem não aparecer nas tomografia convencionais. Para auxiliar na realização do exame, pode ser necessário a injeção de contraste antes da realização da tomografia para auxiliar na clareza das imagens. A ressonância magnética nuclear é uma técnica radiológica que utiliza o magnetismo e avançada tecnologia de computadores para produzir imagens das estruturas corporais. A resolução produzida pela ressonância produz imagens muito detalhadas capaz detectar pequenas alterações nas estruturas corporais. No caso de suspeita de neurinoma do acústico, o agente de contraste gadolíneo é utilizado para melhorar a acurácia das imagens e destacar o tumor. A ressonância é indolor e tem a vantagem de não gerar radiação como a tomografia.
Como o Neurinoma do Acústico cresce?
Na maioria dos casos o neurinoma do acústico cresce lentamente ao longo dos anos. Na minoria das vezes, essa taxa de crescimento é mais acelerada. De um modo geral, os sintomas são leves, porém alguns pacientes podem apresentar sintomas múltiplos e graves conforme a velocidade de crescimento do neurinoma do acústico.
Como podemos classificar o Neurinoma do Acústico?
Nós podemos classificar em pequeno, médio e grande. O neurinoma do acústico pequeno geralmente está confinado a um canal ósseo que se estende da orelha interna até o cérebro. Através desse canal passa os nervos da audição, equilíbrio e nervo facial assim como os vasos sanguíneos que irrigam a orelha interna. O tumor médio se estende do canal ósseo até a cavidade do cérebro, mas ainda não está fazendo pressão no cérebro. O neurinoma do acústico grande se estende para fora do canal ósseo até a cavidade do cérebro e é suficientemente grande para produzir compressão do cérebro.
Quais são as formas de Neurinoma do Acústico?
Os neurinomas do acústico se apresentar de 2 formas, sendo esporádico ou associado a neurofibromatose do tipo 2 (NF2). Aproximadamente 95% dos neurinomas são esporádicos e unilaterais, afetando somente 1 ouvido. Pacientes como formas esporádicas de neurinoma geralmente iniciam os sintomas na meia-idade e o diagnóstico é realizada em média ao redor de 50 anos de idade. Por outro lado, esses tumores associados a neurofibromatose tipo 2 são geralmente unilaterais e correspondem a aproximadamente 5% dos casos de neurinoma. A NF2 é uma condição genética rara que afeta 1 a cada 100.000 indivíduos nos EUA. Esses pacientes desenvolvem tumores benignos em ambos os nervos auditivos. Pacientes com NF2 iniciam os sintomas na juventude e se apresentam sintomáticos ao redor dos 30 anos de idade.
Quais são os tipos de procedimentos para remover o Neurinoma do Acústico?
O procedimento translabiríntico envolve um incisão atrás da orelha. A mastóide e a orelha interna são removidos para expor o tumor. Geralmente o neurinoma do acústico é completamente removido. Raramente, somente a remoção parcial é realizada. A abertura na mastóide é geralmente fechada com gordura removida do abdome. Esse procedimento translabiríntico compromete a audição e o mecanismo de equilíbrio da orelha interna. A perda auditiva é permanente. Embora o mecanismo de equilíbrio tenha sido removido nesse ouvido operado, o mecanismo de equilíbrio no outro ouvido compensa e promove estabilidade ao paciente entre 1-4 meses de pós-operatório. O procedimento por fossa média envolve uma incisão em cima da orelha. O cérebro é elevado para expor o neurinoma do acústico. O tumor é totalmente removido na maioria dos casos. Essa técnica cirúrgica possibilita um esforço para preservar a audição nesse ouvido com a concomitante ressecção completa do neurinoma do acústico. Em aproximadamente 40% dos casos, o tumor envolve o nervo da audição e a artéria que irriga a orelha interna e a resseção do neurinoma do acústico compromete a audição no ouvido operado. O procedimento retrossigmoídeo envolve uma incisão atrás da orelha e o cérebro é comprimido para expor o neurinoma do acústico. Todo esforço é realizado para preservar a audição e ainda remover o tumor. Em alguns casos é necessário remover o nervo da audição para conseguir a ressecção do neurinoma. Em aproximadamente 50% dos casos, o neurinoma do acústico envolve e nervo da audição e a artéria que irriga a orelha interna e a ressecção do tumor compromete a audição nesse ouvido operado. Alguns pacientes referem dor de cabeça persistente após esse procedimento.
O que é a Meningoencefalocele e Fistula Liquórica?
A meningoencefalocele ou hérnia cerebral se caracteriza por herniação da dura-mater e tecido encefálico para a cavidade do osso temporal através do teto do ouvido. Geralmente ocorre em função de cirurgias mastoídeas anteriores. Pode ser assintomático ou apresentar sintomas neurológicos localizados. A cirurgia está indicada para remover o osso ao redor da hérnia até o aparecimento de dura normal. Recomenda-se inserir uma fascia de músculo temporal e gordura entre a dura e o tegmem e sustentar com cartilagem ou osso.
A fistula liquorica resulta da lesão da aracnoide, dura-mater, osso e epitélio levando ao fluxo extracraniano de liquor, sendo mais comum a fistula do nariz que do ouvido. A fistula do ouvido pode ser dividida em traumática (por acidentes ou cirurgia) e as não-traumáticas. O trauma pode ser for contusão ou fratura, sendo também frequente a forma penetrante. Isso cria uma comunicação direta com as estruturas do ouvido interno. Pode também ocorrer após a remoção de neurinomas do acústico em 2-10% dos pacientes operados. As formas não traumáticas podem ocorrer em função de anomalias congênitas, tumores, osteítes e espontaneamente. As fistulas de osso temporal pode gerar vazamento de liquor pelo ouvido, se houver perfuração timpânica, ou pelo nariz através da tuba auditiva. O tratamento pode ser clínico com repouso relativo e punção lombar de alivio, porém se não houver melhora em até 7 dias, está indicado a cirurgia para o fechamento do defeito.
O que são os Meningiomas?
Os meningiomas representam aproximadamente 18% de todos os tumores intracranianos. As células sobre as vilosidades da aracnoide são as células de origem desse tumor. Essas células são distribuídas ao longo do espaço intracraniano de forma predominante em relação ao seios venosos e durais. Os meningomas são benignos mas localmente agressivos. Os sintomas audiovestibulares são geralmente o primeiro sintoma de um meningioma. Os sinais e sintomas são muito semelhantes ao neurinoma do acústico. Tumores pequenos podem provocar perda auditiva, zumbido e tontura. Tumores grandes podem produzir sintomas compatível com envolvimento de outros nervos cranianos e hidrocefalia.
O que são os Colesteatomas Primários?
O colesteatoma primário (epidermóide) são frequentemente lesões de crescimento lento que origina de restos epiteliais no osso temporal ou ângulo ponto-cerebelar e os sintomas são silenciosos até a 2ª a 4ª décadas de vida. Na medida que as lesões aumentam, compressão e irritação das estruturas adjacentes pode produzir sinais e sintomas. Embora o colesteatoma produz pressão nos nervos cranianos 7º e 8º com o crescimento progressivo, essas lesões podem aumentar de forma significativa sem produzir sintomas. Os espasmos musculares são manifestações frequentes e a paralisia facial progressiva é mais comum quando comparado aos schwanomas.
O que é o Glômus?
O glômus do osso temporal é a neoplasia mais frequente após o neurinoma do acústico. Os tumores glômicos são divididos em 2 amplas categorias com base no seu local de origem, glomus timpânico e glomus jugular. O glomus timpânico mais frequentemente se manifesta como zumbido pulsátil de inicio insidioso com uma perda auditiva do tipo condutiva, porém pode ser também um achado incidental durante um exame físico de rotina.
O glômus jugular origina do domo do bulbo da jugular e frequentemente aparece mais tardiamente após um crescimento razoável e destruição óssea. Pode causar disfunção dos nervos cranianos que passam na região do bulbo da jugular (nervos cranianos 9º, 10º, 11º e 12º), paresia do nervo facial se extensão até a mastóide ou perda auditiva neurossensorial causado pela erosão óssea do labirinto.
O que é Paralisia Facial?
Os tremores, fraqueza ou paralisia da face pode ser um sintoma de desordem envolvendo o nervo facial. Esse problema pode ser causado por diferentes situações como Paralisia de Bell, herpes zoster oticus, danos ao nervo facial, neurinoma do acústico, neurinoma do nervo facial, fraqueza do nervo facial em pós-operatório, infecção de mastóide, espasmo hemifacial e derrame. Uma avaliação extensiva pode ser necessária para determinar a causa desse distúrbio e localizar a área de comprometimento do nervo facial. A investigaçãoo diagnóstica do nervo facial pode incluir testes auditivos, raios-x, eletronistagmografia, eletroneuronografia e eletromiografia. A complicação mais séria que pode se desenvolver como resultado de paralisia facial completa é a úlcera de córnea do olho. É extremamente importante que o olho acometido seja protegido dessa complicação. Deve ser utilizado óculos protetores em ambientes externos para prevenir que partículas de poeira se acumulem no olho. Se o olho estiver seco, pode ser necessário o uso de lagrima aritificial. Lubrificantes devem ser utilizados ao dormir. Em casos de paralisias de longa duração, pode ser necessário realizar um procedimento para facilitar o fechamento ocular. O tratamento clínico tem por objetivo diminuir o inchaço. Esse tratamento pode utilizado até que o nervo demonstre sinais de recuperação. O tratamento cirúrgico inclui descompressão do nervo facial, enxerto de nervo facial, cirurgia de reanimação facial. Em alguns pacientes se a movimentação facial for parcial e estiver estável, é possível melhorar a função com retreinamento facial.
O que é a Síndrome da Deiscência do Canal Semicircular Superior?
A deiscência do canal semicircular superior é uma condição do ouvido interno gerando perda auditiva e desequilíbrio nos pacientes afetados. Os sintomas são causados por ausência de parte do osso temporal que recobre o canal semicircular superior do sistema vestibular. Isso pode resultar em erosão progressiva ou trauma físico para a base do crânio. Já existe evidência que esse defeito ou susceptibilidade tem componente genético. Essa deiscência do canal superior pode afetar tanto a audição com o equilíbrio de forma diferente entre os indivíduos. Pode incluir sintomas com autofonia (escutar ruídos internos, como o batimento cardíaco e movimentos oculares), tontura, vertigem ou desequilíbrio crônico, fenômeno de Túlio (vertigem ou desequilíbrio induzido por ruído intenso), perda auditiva condutiva, plenitude aural, zumbido pulsátil, fadiga e dor de cabeça.
As pesquisa recentes indicam que em aproximadamente 2.5% da população, os ossos da cabeça desenvolvem somente até 60-70% da espessura nos meses seguintes ao nascimento. Essa predisposição genética pode explicar porque a espessura do osso temporal separando o canal superior da cavidade craniana, que tem normalmente 0.8 mm, somente apresentar espessura de 0.5 mm, deixando mais frágil e mais susceptível a danos resultantes de trauma craniano ou erosão lenta e progressiva.
A presença da deiscência pode ser detectada por tomografia computadorizada de alta resolução. Outros testes diagnósticos incluem potencial evocado miogênico vestibular (VEMP), videonistagmogrfia (VNG), eletrococleografia (EcoG) e a cadeira rotatória. Quando diagnosticado, esse defeito no osso temporal pode ser reparado através do fechamento cirúrgico do osso afetado ou tamponamento do canal semicircular superior. Essas técnicas são realizadas através do acesso área comprometida através de craniotoma por fossa média ou acesso transmastoídeo.
O que é Tumor Maligno de Osso Temporal?
A lesão primária mais comum a afetar o osso temporal é o carcinoma escamoso originado na pele do conduto auditivo externo. A lesão pode estar confinada a essa restrita área. Entretanto, pode se estender medialmente através da membrana timpânica e nos diversos recessos da orelha média, osso temporal e ápice petroso. Além do carcinoma escamoso, existe lesões envolvendo o pavilhão auricular podendo se estender para a porção óssea do conduto auditivo externo e osso temporal.
O que é Neurofibromatose tipo 2?
Em casos raros o pacientes pode ter tumores do acústico em ambos os ouvidos. Essa doença é conhecida por neurofibromatose tipo 2 (NF2). O diagnóstico precoce utilizando ressonância magnética com gadolíneo e técnicas de preservação auditiva tem melhorado nossa habilidade em prevenir a perda auditiva profunda e alcançando a remoção total dos tumores. Sendo uma condição genética, com padrão de herança dominante, o screening familiar e análise de DNA tem nos auxiliado no diagnóstico precoce. Metade dos indivíduos com NF2 tem herança através um dos pais afetados e a outra metade parecem ter a mutação pela primeira vez na família. Cada criança com pai afetado apresenta 50% de chance de herdar essa doença. Diferente dos pacientes com schwanoma vestibular unilateral, pacientes com NF2 geralmente já apresentam sintomas durante a adolescência e como adultos jovens. Podem frequentemente apresentar tumores cerebrais e de coluna concomitantes. Esses tumores podem afetar os nervos envolvidos na deglutição, fala, movimento facial e ocular e sensibilidade facial. Os tratamentos oferecidos aos pacientes com NF2 podem ser a remoção cirúrgica completa com preservação auditiva, observaçãoo periódica sem intervenção cirúrgica, descompressão tumoral sem resseção total, resseção parcial por via retrossigmoídea, ressecção total por via translabirintica sem preservação auditiva e implante coclear e implante de tronco cerebral. Para os pacientes com tumores grandes ou sem audição viável, o implante de tronco cerebral permite melhora da função auditiva após a ressecção do tumor. Em alguns casos pode ser optado pelo implante coclear com bons resultados.
O que são tumores da base do crânio?
A base do crânio é conceitualmente dividida em 3 regiões anatômicas e são identificadas através das relações intracranianas com a fossa craniana (anterior, médio e posterior). Os tumores do ângulo ponto cerebelar são as lesões predominantes que afetam a fossa posterior, correspondendo a aproximadamente 90%. Os tumores primários restantes são os meningiomas (3%), colesteatomas primários (2,5%), schwanomas de nervo facial (1%), e tumores mais raros correspondendo ao restante.
O que é labirinto?
Na literatura médica, a palavra labirinto dá nome a uma sensível região do ouvido interno, responsável pela audição e pelo equilíbrio do corpo. Quando essa área inflama, o paciente é capaz de sofrer com tontura, mal-estar, dor de cabeça e sensação de desequilíbrio.
Quais são os tipos de tontura?
Vertigem é uma sensação de rotação ou movimento (ou o paciente sente que está girando em espiral), enquanto que a tontura é um sentimento geral de instabilidade. A tontura é um sintoma vago ocorrendo com muitas doenças, mas a vertigem é geralmente causada por uma le-são nas vias vestibular ou do tronco cerebral. Vertigem pode ser de origem central (tronco cerebral, cerebelo) ou periférico (orelha interna e vestibular conexões nervosas). A vertigem periférica é normalmente de início súbito, de curta duração, associada à surdez, zumbido ou otorréia. Muitas vezes há náuseas e vômitos e nistagmo marcado. A vertigem central é muitas vezes de início gradual, contínua e progressiva com sintomas associados como cefaléia, papiledema, ataxia ou paralisia de nervos cranianos.
Quais são as causas das tonturas?
A tontura pode ser resultado de uma série de doenças diferentes, exigindo uma análise mais detalhada do quadro de cada paciente. Em determinadas situações, a pessoa sofre, inclusive, com constantes zumbidos no ouvido, podendo sentir enjoos e vontade de vomitar.
O que é Vertigem Posicional Paroxística Benigna (VPPB)?
Provavelmente a causa mais comum da vertigem, a qual está associada a posição da cabeça. Crises são autolimitadas e duram até alguns minutos, diminuindo gradualmente. Mudando a posição da cabeça pode produzir episódio de curta duração. Este problema tem sido atribuído a alguns dos cristais de cálcio (otólitos) no ouvido interno, flutuando através da endolinfa para a neuroepitélio dos canais semicirculares, produzindo um de estímulo de movimento.
O que é Doença de Ménière?
Representa um aumento intermitente de pressão no ouvido interno. Há perda auditiva flutuante, zumbido e vertigem grave. Episódios ocorrem em intervalos de semanas a anos. Os episódios repetidos costumam deixar algum dano residual no ouvido interno e aparelho vestibular.
O que é neuronite vestibular?
É uma inflamação do labirinto ou nervo vestibular, freqüentemente associada com uma infecção viral do trato respiratório superior. Há um grave vertigem incapacitante que melhora gradualmente ao longo de algumas semanas. Pode haver dano permanente ao labirinto, mas a compensação é geralmente completa.
Como se faz a avaliação do paciente com tontura?
As análises indicadas costumam envolver em alguns casos exams de imagem, exames de sangue e de possíveis alergias, audiência detalhada ou até avaliações neurológicas. Descartando-se diversas causas possíveis para a tontura e identificando a inflamação no labirinto, consegue-se dar início ao tratamento adequado.
Quais são os tratamentos para tontura?
Todas as opções para tratamento são oferecidas pela Clínica Lavinsky, envolvendo exercícios específicos e o cuidado com outros problemas capazes de causar a tontura infecções no ouvido, distúrbios metabólicos e alergias, doenças autoimunes e tumores acústicos, por exemplo. Para alguns pacientes, há vezes em que a cirurgia é indicada também.
Quais são os sintomas da Doença de Ménière?
Os sintomas mais comunsincluem queixas de tontura, sintomas auditivos e de pressão nos ouvidos. Frequentemente, a tríade ocorre de forma combinada, porém, em muitos pacientes, sintomas auditivos ou de tontura ocorrem de forma isolada no início do quadro, antes do desenvolvimento da síndrome completa. Dessa forma, o zumbido e a perda auditiva flutuante podem estar presentes anos antes da primeira crise vertiginosa em até 40% dos pacientes.
A queixa de vertigem está presente na maioria dos pacientes. Além disso, os sintomas auditivos como o de hipoacusia (87,7%), zumbido (91,1%) e desconforto com som alto (56%) são também queixas frequentes nos pacientes com Doença de Ménière. A pressão nos ouvidos está presente em 75% dos pacientes, podendo ocorrer no intervalo, durante ou logo antes do início das crises de tontura.
Vertigem é conceituada como a sensação de movimento quando não está ocorrendo movimento rotatória em relação ao centro de gravidade. A crise de vertigem típica da Doença de Ménière é espontânea, durando pelo menos 20 minutos (frequentemente com duração de horas), sendo frequentemente debilitante e acompanhada por desequilíbrio, que pode ter duração de vários dias. Frequentemente, apresenta náusea e pode também apresentar vômitos. Não há perda de consciência.
Certamente, os sintomas de tontura são os mais debilitantes na qualidade de vida. As crises vertiginosas podem apresentar sintomas auditivos em 1/3 dos pacientes, como zumbido, pressão nos ouvidos e perda auditiva flutuante.
Quais são as causas da Doença de Ménière?
Frequentemente, a Doença de Ménière apresenta alguma causa provável e, quando identificada a doença de base, passa a ser denominada como Síndrome de Ménière. O mesmo paciente pode apresentar mais de uma etiologia causando hidropsia endolinfática. A investigação das potenciais etiologias é fundamental, já que pode direcionar a abordagem terapêutica.
Entre as mais frequentes estão a alergia, sífilis, alterações genéticas, otite média crônica, hiperinsulinismo e/ou hiperglicemia, hipotireoidismo, dislipidemia, trauma, otosclerose e enxaqueca.
O que é surdez súbita?
Representa a perda auditiva neurossensorial súbita: perda de audição significativa (> 35 dB em pelo menos 3 freqüências adjacentes) que ocorre em menos de três dias, tipicamente unilateral. Em 1/3 dos casos resulta em uma perda auditiva profunda. Pior prognóstico se associada com vertigem, cofose, idade avançada, perda em agudos ou fatores de risco vascular. Apresenta melhor prognóstico se a perda auditiva é mínima e nas baixas freqüências.
O que é a Perda Auditiva Induzida pelo Ruído (PAIR)?
A exposição acima da média de 85dBA por 8 horas exige a existência de programas de proteção (duração aproximada de exposição: 95 dBA para 4 horas, 100 dBA para 4 horas, ou 130 dBA por menos de 2 minutos). As células ciliadas externas são suscetíveis à exposição crônica ao ruído intenso. Uma única exposição intensa (por exemplo, explosão ou fogo) pode danificar mecanicamente o órgão de Corti ou romper as membranas cocleares (resultando em mistura da perilinfa e endolinfa).
O que pode ser feito para prevenir a PAIR?
Recomenda-se realizar audiometrias periódicas e programas de preservação auditiva nas empresas com o uso de EPIs. Conheça o Programa de Controle Auditivo para Empresas do Instituto da Audição.
Vertigem é conceituada como a sensação de movimento quando não está ocorrendo movimento rotatória em relação ao centro de gravidade. A crise de vertigem típica da Doença de Ménière é espontânea, durando pelo menos 20 minutos (frequentemente com duração de horas), sendo frequentemente debilitante e acompanhada por desequilíbrio, que pode ter duração de vários dias. Frequentemente, apresenta náusea e pode também apresentar vômitos. Não há perda de consciência.
Certamente, os sintomas de tontura são os mais debilitantes na qualidade de vida. As crises vertiginosas podem apresentar sintomas auditivos em 1/3 dos pacientes, como zumbido, pressão nos ouvidos e perda auditiva flutuante.