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O que são as amígdalas e adenóides?

As amígdalas e adenóides são massas de tecido semelhantes aos encontrados nos “gânglios linfáticos” (linfonodos) encontrados no pescoço, na axila e na região inguinal. As amígdalas são duas massas deste tecido na parte de trás da garganta, uma de cada lado. As adenóides estão na parte de trás do nariz, por cima do palato mole ( “campainha”) e não são visíveis através da boca a não ser com o uso de instrumentos especiais.

Tanto as amígdalas e as adenóides estão próximas a entrada das passagens de ar e alimento na garganta, desta maneira, podem “coletar”germes nocivos que poderiam causar infecções.

Devido a isso, podem algumas vezes elas próprias se tornarem infectadas. Os cientistas acreditam que elas trabalhem como parte do sistema imunológico filtrando os germes que invadem o corpo e ajudando a desenvolver os anticorpos contra estes germes.
Isto acontece principalmente durante os primeiros anos de vida, tornando-se menos importante a medida que a criança vai envelhecendo. As crianças que tem as suas amígdalas e adenóides removidas não tem perda de sua resistência imunológica.

Quais são os sintomas que apresentam na sua doença?

As amígdalas e adenóides podem causar sintomas principalmente devido aos processos infecciosos agudos ou crônicos e a obstrução das vias aéreas devido ao aumento de tamanho. Mais raramente, ela pode ser sede de doenças neoplásicas ( câncer).

1. Infecção:

As infecções bacterianas das amígdalas, especialmente as causadas por um germe chamado “streptococcus” são inicialmente tratadas com antibióticos. Os sintomas e sinais mais comuns são: febre alta e de início súbito, placas amareladas nas amígdalas, linfonodos aumentados e dolorosos no pescoço, calafrios… Entretanto, alguns vírus podem ocasionar os mesmos sintomas, o que deve ser visto pelo médico, seja pelo exame clínico, seja através de exames complementares.
Algumas vezes, as amígdalas e adenóides podem representar um foco crônico de infecção, levando algumas pessoas a apresentar infecções recorrentes. Atualmente considera-se um número recorrente de infecções aqueles pacientes que apresentam: (a) mais de 6 episódios em 1 ano ou ( b) mais de 3 episódios por ano em mais de 2 anos consecutivos.

2. Obstrução:

Após algum processo infeccioso, tanto as amígdalas como as adenóides podem se tornar temporariamente aumentadas de tamanho. Entretanto, algumas vezes esse aumento de tamanho persiste cronicamente, ocasionando uma série de sintomas e sinais: roncos, paradas respiratórias à noite, respiração bucal, dificuldade em se alimentar, baixo ganho ponderal, sono agitado, infecções no ouvido ( no caso das adenóides) e mau desempenho escolar.

3. Câncer:

Como dito anteriormente, apesar de raro, deve se considerar a possibilidade de doença maligna especialmente quando ocorrer um aumento recente das amígdalas e/ou adenóides ou quando ocorrer uma lesão nesta região que esta persistindo em cicatrizar há algumas semanas.

Quando devo ir ao médico?

É recomendado procurar o seu médico quando apresentar alguns dos sintomas discutidos no item anterior. É ele que tem conhecimento de tratar adequadamente ( seja clinicamente ou cirurgicamente ) a doença das amígdalas e adenóides. Evite a auto-medicação, que pode mascarar os sintomas , prejudicando o seu diagnóstico e tratamento corretos.

Quando é indicada a cirurgia das amígdalas e adenóides?

As principais indicações da cirurgia são:
* Amigdalites recorrentes
* Obstrução causando apnéias do sono ou alteração do crescimento craniofacial
* Amigdalite crônica, não responsiva a tratamento clínico, causando halitose, aumento crônico dosa linfonodos do pescoço e abscesso periamigdaliano. Tb se associada a doença valvular cardíaca e convulsões febris recorrentes.
* Suspeita de neoplasia
* Associada com otite crônica ou agudas recorrentes e sinusites ( no caso das adenóides)

Clínica Lavinsky Otorrinolaringologia Porto Alegre

Como é a cirurgia das amígdalas e adenóides?

A cirurgia após ter sido indicada começa com uma avaliação pré-operatória do paciente, seja ele adulto ou criança. O médico deve ser informado do uso crônico ou esporádico de medicações, histórico de alergias e doenças crônicas pessoais ou familiares. Exames complementares recentes devem ser sempre levados para conhecimento do cirurgião e do anestesista.

Antes da cirurgia ( 2 semanas) não se deve utilizar medicações contendo ácido acetilsalicílico ( aspirina). Geralmente, depois da meia-noite antes da cirurgia, nada mais deve ser ingerido pela boca ( além de alimentos, isso inclui também água, balas, chicletes, pirulitos, etc).

O procedimento cirúrgico é feito sob anestesia geral em um bloco cirúrgico. Caso o paciente seja uma criança, os pais ou responsáveis devem transmitir segurança, encorajando a idéia de que o procedimento fará com que ele/ela fique mais saudável e que a cirurgia não fará com que fique com um aspecto diferente do que antes. Caso seu filho(a) tenha um amigo(a) que já tenha feito esta cirurgia, é importante que eles conversem sobre isto.

A cirurgia das amígdalas e adenóides é feita através da cavidade oral, não sendo necessário nenhum corte externo. As adenóides são diminuídas com um tipo de faca especial ( cureta) que raspa a garganta por trás da campainha. As amígdalas são separadas dos músculos da garganta através de uma tesoura e um descolador próprios.

Após o término do procedimento, a criança é conduzida a uma sala de recuperação, onde ficará monitorada até que esteja completamente acordada. Após isso, ela poderá ir para casa ou ficará internada, conforme indicação do seu cirurgião.

E depois da cirurgia?

Alguns sintomas no pós-operatório podem surgir ou não. Normalmente podem ocorrer problemas de deglutição, vômitos, febre, dor de garganta, dor no ouvido e mau hálito. Sangramentos também podem ocorrer e geralmente são escassos, porém, o cirurgião deve ser informado imediatamente sempre.

Atenção: Todas as informações contidas neste site possuem caráter informativo, não substituindo, em hipótese alguma, as orientações de seu médico.